Quando pensamos o quanto a vida é efêmera... bem, na verdade, não pensamos. Tendemos a viver como se fossemos imortais... levamos a vida como se nada pudesse nos atingir...
Nos arriscamos a cada segundo... fazemos coisas que, se pensássemos um pouquinho, com certeza não faríamos... mas então muita coisa necessária para o nosso dia a dia não existiria...
Por mais incoerente que seja, desafiar nossos limites é um dos requisitos básicos para progredirmos. Só avançamos na escala evolucionária graças ao sacrifício de alguns loucos que ultrapassaram em muito seus limites... e acabaram encerrando sua história mais cedo...
Claro, há exceções. Afinal, a sorte ajuda os ousados. Mas nem sempre. Muitas vezes nos lançamos para realizar algo que consideramos importante... e que se prova importante após sua realização. Bem, podemos ser bem sucedidos... ou falharmos miseravelmente, pois muitas vezes não há retorno possível...
Mas porque temos essa ânsia de realizar coisas que, em uma primeira visão, é arriscado? Por que temos que nos atirar às cegas, para fazermos aquilo que o mundo nos grita ser impossível, no afã de provarmos que é possível, sim? Não sei. Está em nossa gênese, eu acho...
Não importa nossa criação, não importa nosso credo... Nos aventurarmos pelo desconhecido faz parte de nossa alma. Claro que alguns se arriscam mais que os outros... mas o que parece perigoso para uns é apenas algo curiosidade para outros... é aí que o instinto de autopreservação age... ou não. Mas, como eu disse, faz parte da vida...
Em todo caso, se não tivéssemos essa curiosidade sobre  o desconhecido, provavelmente estaríamos morando em cavernas ou sobre as árvores. E continuaríamos a nos arriscar no dia a dia, correndo até mais perigo do que corremos nos dias atuais. Afinal, uns poucos acabam se sacrificando para que o grupo tenha o privilégio de viver em um mundo mais seguro...
Ah, sim... é claro que nem tudo que é realizado às custas de algumas pessoas é benéfico para a sociedade... mas se não fossem esses heróis que vivem como se não houvesse amanhã, bem... a vida seria efêmera, como de fato é... mas seria muito mais difícil viver...